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Metodologias e técnicas para a avaliação do corpo docente

A avaliação de docentes do ensino superior tem, dentre os seus objetivos, coletar informações sobre as práticas docente, neste caso “as práticas pedagógicas”, para, a partir dos resultados, conhecer a realidade educacional e fomentar, assim, discussões e reflexões que possam auxiliar na melhoria da qualidade de aprendizagem do aluno.

Os métodos de avaliação de docentes sempre foram objetos de muita discussão e divergências. As discussões envolvem: “ o que avaliar? ” Considerando a grande quantidade de atribuições do professor, qual seria o ponto principal a ser avaliado? E as divergências, muitas vezes, estão ligadas ao instrumento de avaliação mais adequado, que permita realmente reconhecer as práticas do docente e não seja indutivo ou subjetivo. Outro ponto importante, se deve à capacidade de a avaliação ser comparativa entre os docentes do curso e/ou instituição e ao mesmo tempo, consiga gerar um acompanhamento do docente ao longo do tempo. Aliado a isso, os instrumentos de avaliação devem ser capazes de refletir a prática docente e, ao mesmo tempo, que as informações geradas sejam úteis para gestão acadêmica e permitam a avaliação do cumprimento das políticas de ensino, propostas no PDI e projetos pedagógicos dos cursos.

A discussão sobre Metodologias e técnicas para avaliação do corpo docente busca atender aos critérios expostos acima e minimizar as divergências apresentadas.

O primeiro passo é delimitar o público alvo que realizará a avaliação do docente (gestores, técnicos administrativos, alunos) e quais as práticas do docente serão avaliadas, por exemplo: Os procedimentos didáticos (ou estratégias de ensino); a avaliação; e a relação professor/aluno. Podem ser elaboradas uma ou mais perguntas para cada prática apresentada, tomando o cuidado para não produzir um instrumento extenso e questões complexas. Importante que pelo menos uma questão para cada prática seja repetida periodicamente nas avaliações. Essas questões servirão para a comparação da avaliação do docente entre dois períodos distintos. As questões do instrumento podem ser elaboradas no formato de afirmativas e as respostas em escalas de Likert de concordância às afirmativas. A partir dos resultados, podemos utilizar ferramentas estatísticas para gerar indicadores quantitativos, em forma de uma pontuação para as respostas do questionário. Para isso, pode ser realizado o cálculo da média ponderada, atribuindo um peso para cada alternativa das questões e, ao final, obter uma pontuação para cada questão do instrumento e uma pontuação final na avaliação do professor.

Ressalta-se, ainda, que uma das mais importantes características da avaliação com docentes é a sua função diagnóstica e formativa. Ao conhecer aspectos positivos e negativos de um processo educacional, cabe tanto destacar e fortalecer os que têm produzido bons resultados, como também pensar em ações que possam prever as necessidades formativas educacionais, tanto do aluno, quanto do professor.


Nelson Rannieri Tirone é Pesquisador e Coordenador da Comissão Própria de Avaliação da Universidade de Uberaba – Uniube

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